quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Levantamento mostra que executivos financeiros são os que mais desejam trocar de empresa

Pesquisa apontou que 58,6% dos executivos querem se manter até no máximo três anos nas empresas em que atuam

Um estudo realizado com 770 executivos revelou que 58,6% dos profissionais que atuam na área financeira querem permanecer vinculados com o atual empregador por mais três anos, no máximo. A pesquisa foi realizada pela DBM, consultoria internacional especializada em transformação e transição de indivíduos e organizacões, e também apontou que a média dos executivos de todas as áreas que querem deixar as organizações atuais em menos de três anos é de 45%.

Os executivos financeiros lideram o desejo de troca de empregador, sendo seguidos de perto por profissionais da área jurídica – com 54,5% – e por profissionais de vendas – 53,53% dos executivos com intenção de ficar no máximo mais três anos na organização em que estão. No curto prazo, o desejo de mudança dos executivos financeiros também é alto: 24,4% dos entrevistados da área informam que gostariam de permanecer menos de um ano na atual empresa, o que aponta turn over potencial voluntário de um quarto dos profissionais da área.

Dados da companhia apontam que 34% de todas as vagas abertas para executivos, no acumulado de janeiro a agosto de 2011, são para profissionais da área de finanças. De acordo com o presidente da DBM Brasil, Claudio Garcia, isso acontece também porque áreas como a de finanças, assim como jurídica, são muito técnicas e criam ambientes mais áridos, e não ligados diretamente a questões da essência da empresa. Outro fator é a rotina que domina essas atividades, com poucos projetos que diferenciam o dia a dia.

Comprovando o que foi dito por Garcia sobre as condições de trabalho dos executivos financeiros, o item 'falta de reconhecimento' é o terceiro mais votado quando a dúvida é "O que faria você deixar a empresa em que trabalha?". São 14% contra apenas 6% de média, de toda a pesquisa. O primeiro e segundo motivos são, respectivamente, 'falta de desafios e perspectivas de desafio profissional' e 'falta de perspectiva, crescimento e sustentabilidade da empresa'. O item 'remuneração inadequada' foi o menos votado, com apenas 5% das escolhas.